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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

VALE DO OURO

Para Luiz André Freire e família

Ibérico Rio Douro a adentrar Portugal pela Miranda
E a desaguar no Porto com vinhos tintos de sonhos.
Vale do Douro canário a gorjear canções em ciranda
Na rota de antigos barcos rabelo em luares risonhos.
Vale do Douro a reverenciar Lamego em pranto de sino,
Aos uivos da moura noite medieval a tanger encantaria.
 


Lamego de azulejos que sopram hinos ao Jesus Menino,
No Santuário Nossa Senhora dos Remédios em romaria.

Vale do Douro das vinhas verde-verão e ouro-outonal,
Da Miranda, Peso da Régua, Porto e Vila Nova de Gaia.
Vale do Douro ao lume do elixir da saudade manancial
Pelos raios de sol a desenhar sonhos de fina cambraia.



 Diogo Fontenelle

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