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domingo, 11 de dezembro de 2016

AS REDES SOCIAIS TANGIDAS PELAS HUMANAS MÃOS

Diogo Fontenelle


É espantoso como a tecnologia da comunicação conseguiu resgatar das profundezas dos abismos humanos tanto a luz quanto a sombra. O homem, após milênios de processo civilizatório, ainda se faz fera a urdir tramas sombrias. É o Reino do Egoísmo em expansão, a emergir dos porões humanos para a Era Digital. É o homem a caçar o próprio homem, é a antropofagia!
Afortunadamente, devo considerar que as redes sociais também trouxeram a centelha do Amor ao Próximo a arder em festa. É justiça verificar que o homem contemporâneo se aproxima um do outro em busca da mão irmã perdida, em busca do afeto negado pelas imensidões da indiferença feito solidão.
Testemunho que - mais que no mundo real - os roteiros do bonde das redes sociais se mostram atuantes no equilibrar-se pela corda bamba da luz e da sombra. Ao que parece, as redes sociais conseguiram ser mais humanas – tanto para o bem como para o mal – do que o próprio dia a dia real. Creio que o homem se revela ainda mais no mundo virtual do que na rotina das vivências diárias, tantas vezes costuradas de convenções automáticas do tipo “Bom Dia” e “Como vai? – Bem, obrigado”.
Assim, venho apelar para o senso de sobrevivência da nossa espécie, daqueles que ainda se irmanam na busca pelo sonho de um ser humano mais liberto das sombras, na dimensão que somos vítimas de nós mesmos. Se é o longo o nosso caminho para a Luz, retroceder para as Trevas seria deixar de ser homem e transformar-se em Besta Fera.

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