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sábado, 3 de dezembro de 2016

ALHAMBRA

Para Marcio Catunda menestrel oriental.
Eis as ruínas do último baluarte dos reis mouros
A tremeluzir em Granada aos gorjeios do Alcorão.
Alhambra, sagrada cidadela de risonhos tesouros,
Dos pátios perfumados de aloé, jasmim e açafrão.
Alhambra dos palácios enluarados entre amores e dores,
Da Câmara das Duas Irmãs presas no sem fim da solidão.
Alhambra dos arabescados entre mosaicos de sete cores,
Do lago azul-abril ornado de murtas e da fonte feito leão.
Alhambra do harpejar dos peixinhos verdes em cigania,
Dos arcos em forma de favo de mel a filtrar luz multicor.
Alhambra da janela aberta para os prados da Andaluzia,
Do melodiar árabe-berbere-ibérico em dourado sol pôr.

Diogo Fontenelle

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