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sábado, 26 de novembro de 2016

JUVENTUDE ANOS DOURADOS

Diogo Fontenelle
 Eram os astros dos filmes americanos que ancoravam na vida real
...
Ou eram os jovens do cine São Luiz que mergulhavam na fantasia.
O fato é que a rotina de frustrações dava lugar ao sonho de cristal.
Os moços com os seus topetes de brilhantina e lambretas em folia
Juntos com as moças, as ditas “brotinhos”, reuniam-se em bandos
Pela avenida Treze de Maio para flanar, para um recolorir da vida.
Era a sublimação do desejo juvenil à luz do mundo sem comandos,
Ao dedilhar do mundo alheio, de aventuras imaginárias foragidas.
Era o “Presidente Bossa Nova” a valsear no salão em contradança.
Era o “sonho americano”, era a América reflorida pelo Brasil folião.
São os Anos Dourados a bordo da lambreta azul-bem-aventurança,
É a juventude etérea a vagar no cinema demolido, no olhar ancião.

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